A maior dificuldade de nossa raça é mesmo aceitar a pluralidade, as nuances desafiadoras, as diferenças que nos individualizam, as características desconhecidas que nos tornam especiais e únicos.
Há muito medo de SER original porque isso sempre significa destoar, aparecer e ser responsável pela manutenção de si mesmo sem depender da aprovação do mundo externo para sentir-se bem em ser quem é.
Passei novamente (como sempre acontece) por uma situação destas, entre tantas que acontecem ininterruptamente, só porque eu insisto em ser EU...kkkkkkkkkkkkk...
Fui lá pras bandas das minhas memórias de infância e adolescência, onde descobri o que era brincar, fugir, negociar, apaixonar, desejar, seduzir e treinar as tais felicidades... Faziam muitos anos, lá pelos 15, que eu não perambulava por lá e quando cheguei senti o cheiro do bem despertando meus amores, minhas risadas, meus sabores de tantos encontros cheios de carinho quentinho...
Ao amanhecer, na verdade, ao acordar um tiquinho antes do início da tarde...hehehe... Fomos até a padoca e ao mercado (linnnnndos de viver, enormes, modernos, amplos e bem diferentes do que eu já havia visto antes por lá) e ao entrar nos recintos as pessoas pararam e olharam para nossa direção, nos acompanhando ao caminharmos. Típico do povo de lá, que apesar de viverem em uma cidade modernizada, crescendo e evoluindo, ainda continuam sendo os mesmos curiosos e tomadores de conta da vida alheia. E claro que eu e meu jeitinho de ser provocou tais olhares...
Não sei bem ao certo porque? rsrsrsrs... Talvez pelos cabelos fúcsia berrante e brilhooooooooso + a camiseta preta com a cara do Einstein de língua de fora e com a maquiagem do Kiss + calça preta + chinelo "habaianas" da Pucca + óculos de sol aviador....
Uns amigos kiridos disseram que no dia seguinte sairia na Gazeta da cidade: "Quem era a roqueira que estava fazendo compras? Onde havia feito show?" kkkkkkkkkkkk...
Então, hoje me lembrei o quanto o ser humano paga pra tentar ser igual ao modelo do que dizem que é o certo, o belo, adequado, na moda... E pra mim o significado disso tudo é BIZARRO e DEFORMADO!
E isso porque eu uso o que me dá vontade e faço com meu corpo e atributos o que me dá na telha, imagina com quem nasce com uma aparência fisicamente não tão comum, ou com conotação de doença, maldição e etecétera nesta sociedade hipócrita, covarde, preconceituosa e medrosa???
Quanto medo do diferente!!! Talvez porque aceitar o diferente significa assumir a própria covardia ao se render para a adequação, ao aprisionamento e deformação da própria alma.
Eu sou única...
Sou algumas,
Ou muitas...
Acho que sou todas.
(McSàlomão)
ESTA VOVÓZONA AÍ DE CIMA, SOU EU AMANHÃ... hehehehe... E sem sombra de dúvidas serei plena, continuarei verdadeira e honesta com as nuances de minha alma livre e solta!
O fluxo eterno das coisas é a própria essência do mundo e se ainda hoje ficamos espantados com isso é porque nos apegamos teimosamente ao que já passou esperando no fundo que tudo permaneça igual."
(Heráclito)
***"O mais importante e bonito do mundo é isto, que as pessoas não são sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando, afinam ou desafinam, verdade maior é o que a vida me ensinou."
(Guimarães Rosa)
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