quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FELIZ OPORTUNIDADE NOVA!

   Lula Vieira, diretor do comercial original, de 1971, chamou o amigo Edson Borges de Abrantes, vulgo Passarinho, grande parceiro de Dolores Duran, para compor a trilha sonora da propaganda. Edson adaptou uma composição originalmente feita para seu grupo, “Os Titulares do Ritmo”. Tornou-se um dos jingles natalinos mais marcantes no Brasil do extinto Banco Nacional.

QUERO VER VOCÊ NÃO CHORAR




   Este comercial/propaganda, hoje chamado de publicidade, marcou meus dias de infância. Toda vez que esta canção tocava eu sentia meu corpo tremer de tanta emoção. Hoje, percebi que tudo o que a letra da canção diz é o que creio e exercito todos os dias da minha existência, em meu coração, minha mente e meu espírito tentando aprender como ser melhor, evoluir e me desenvolver. É interessante como a alma da gente sabe pra que estamos aqui, qual a melhor opção, o melhor caminho, a melhor trajetória... Quando não conseguimos perceber, dentro de nós, essa direção é porque estamos fora de nós, e por isso é de vital importância que busquemos o retornar pra nossa "casa" interior. Toda compreensão está na habilidade de perceber os detalhes preciosos diariamente, e tal habilidade só é possível quando sabemos quem somos (sem os referenciais externos). Saber quem somos depende exclusivamente do trabalho individual de autoconhecimento corajoso, honesto, limpo e objetivo.
   Como aprendi com aquele oncologista pernambucano que "A saudade é o amor que fica", sinto hoje aquela saudade boa deste tempo, onde comecei muito cedo a sentir minha trajetória. Mas esta saudade, não é daquelas que dói, esta saudade é daquelas que agradece todo movimento, todo exercício, todo caminho que eu trilhei até aqui. Saudade com gosto de alegria por não ter dito não aos anseios da minha alma quando questionava tudo e todos. Saudade com cheiro de confirmação de que cada escolha me trouxe até aqui, nesta realidade que promove a continuidade do meu crescimento, história de vida e oportunidade de melhorar e continuar construindo uma existência produtiva e positiva. Saudade com jeito de oportunidade de escolher o caminho do BEM, independente de todo cenário externo.
   Eita saudade da boa!!!
   E como diz meu "amigo" Fernando Anitelli da trupe/banda/sonhadores/artistas O Teatro Mágico:

"... Eu sinto que sei que sou um tanto bem MAIOR..."



Sentir +

confirmar +

agradecer =


NAMASTÊ






   Excelente festividades de final de ano 2011 e mergulhemos de cabeça e coração em 2012 que é o ano da transformação, da mudança produtiva, da oportunidade de renovar!

   Bjoks iluminadééérrimaassss NOCÊIS TUDU!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fazendo a Diferença

  

Para estes HUMANOS eu me curvo, reverencio e tenho como exemplo de amor verdadeiro pela vida!

http://www.msf.org.br/ = MÉDICOS SEM FRONTEIRAS


   ***A organização foi criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas, que atuaram como voluntários no fim dos anos 60 em Biafra, na Nigéria. Enquanto a equipe médica socorria vítimas em uma brutal guerra civil, o grupo percebeu as limitações da ajuda humanitária internacional: a dificuldade de acesso ao local e os entraves burocráticos e políticos faziam com que muitos se calassem frente aos fatos testemunhados.
   O "Médicos Sem Fronteiras" surge, então, como uma organização médico-humanitária que associa socorro médico e testemunho em favor das populações em risco. Além de oferecer atendimento em situações de extrema urgência, MSF também se faz presente em locais onde o sistema de saúde não funciona, ou não existe. A organização oferece cuidados de saúde básica e de prevenção em campos de refugiados, áreas de grande instabilidade ou extremamente isoladas. É uma iniciativa independente de governos e sustentada, em grande parte, por contribuições privadas, o que lhe confere agilidade e liberdade para oferecer ajuda humanitária onde for necessário.


   "Médicos Sem Fronteiras trabalham com neutralidade e imparcialidade reivindicando em nome da ética médica universal e do direito à assistência humanitária, a liberdade total e completa do exercício da sua atividade. Empenham em respeitar os princípios deontológicos da sua profissão e em manter uma total independência em relação a todo poder, bem como a toda e qualquer força política, econômica ou religiosa." (Dr.Mauro Montaury)


   É tanta coisa pra fazer no mundo... E tanta necessidade de evolução, crescimento e desenvolvimento do planeta...
   Guerra, reclamação, briga, violência, indignação, agressividade NÃO ajuda, NÃO adianta, NÃO resolve, NÃO agrega, NÃO mobiliza... SÓ PARALISA!!! Encurta a vida de muitos, engessa a amplitude dos dons e potenciais abençoados, impede a melhoria.

   Índia + Bolívia + Malta + Honduras + Brasil + África + França + Ucrânia + Itália + Colômbia + China + Nigéria + Marrocos + Federação Russa + Filipinas + Paquistão + Indonésia + Armênia + Irã + Zimbábue + Iêmen + Somália + Moçambique + e tantos outros já estão no programa de MÉDICOS SEM FRONTEIRAS!

   Ser humano que faz a diferença não tem tempo pra reclamar, bota a mão na massa, não se cansa, acredita no poder transformador da alegria, fé, impetuosidade, liberdade e amor pela oportunidade de existir e poder compartilhar do melhor que pode oferecer para a NOSSA evolução!

   Fazer a diferença não chega nem perto de força bruta... Fazer a diferença, só acontece quando o amor, a não violência invade os corações do ser vivo.
   Que todos possamos elevar nossos pensamentos, discursos, emoções, sentimentos e atitudes no cotidiano particular, pois assim , a somatória disso será, felizmente, o crescimento global.

McSàlomão




Não Morrerá Como os Restantes

 
   Certo dia, quando recolhia espécimes por baixo de um carvalho, encontrei, entre as outras plantas e ervas daninhas, e do mesmo tamanho que elas, uma planta de cor escura com folhas contraídas e um caule direito e rígido. Quando ia tocar-lhe, disse-me com voz firme: «Deixa-me em paz! Não sou uma erva para o teu herbário, como as outras a quem a natureza deu apenas um ano de vida. A minha vida mede-se em séculos. Sou um pequeno carvalho.» Assim é aquele cuja influência se fará sentir ao longo dos séculos, quando criança, quando jovem, muitas vezes já quando homem, uma criatura viva aparentemente igual às restantes e tão insignificante como elas. Mas basta que lhe dêem tempo e, com o tempo, pessoas que saibam reconhecê-lo.      
   Não morrerá como os restantes.

Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos'

domingo, 18 de dezembro de 2011

Alma

Quando o ser humano conseguir entender que todo poder de resolução, todo encontro com o amor e a felicidade só acontecerão assim que ele mergulhar dentro de si, encarar-se com afetividade, parceria, humildade e serenidade... Será possível reestabelecermos a harmonia, o equilíbrio e a paz verdadeira no Universo.
(McSàlomão)

O Interior da Alma

   O olho do espírito em parte nenhuma pode encontrar mais deslumbramentos, nem mais trevas, do que no homem, nem fixar-se em coisa nenhuma, que seja mais temível, complicada, misteriosa e infinita. Há um espectáculo mais solene do que o mar, é o céu; e há outro mais solene do que o céu, é o interior da alma.
   Fazer o poema da consciência humana, mas que não fosse senão a respeito de um só homem, e ainda nos homens o mais ínfimo, seria fundir todas as epopeias numa epopeia superior e definitiva. A consciência é o caos das quimeras, das ambições e das tentativas, o cadinho dos sonhos, o antro das ideias vergonhosas: é o pandemônio dos sofismas, é o campo de batalha das paixões. Penetrai, a certas horas, através da face lívida de um ser humano, e olhai por trás dela, olhai nessa alma, olhai nessa obscuridade. Há ali, sob a superfície límpida do silêncio exterior, combates de gigante como em Homero, brigas de dragões e hidras, e nuvens de fantasmas, como em Milton, espirais visionárias como em Dante.
Sombria coisa esse infinito que todo o homem em si abarca, e pelo qual ele regula desesperado as vontades do seu cérebro e as ações da sua vida!

(Victor Hugo, in 'Os Miseráveis' )


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Declaração



   Há exatos 22 anos fui internada em uma das maternidades de São Paulo, pronta pra conhecer aquela que seria a divisora de águas em minha vida, minha filha amada Amanda!
   Como não podia ser diferente, entrei no quarto calma, confiante e feliz. Tais sentimentos ainda não eram compreendidos pelas pessoas queridas que me rodeavam, inclusive meu médico. Mas em meu peito havia a sensação deliciosa que, finalmente, nos encontraríamos denovo. Aquele ser humano pequenino que invadiu minha vida sem aviso prévio, nem preparação e que de imediato (apesar de todos os trovões e relâmpagos) comungava com uma força que crescia em mim e partilhava da fé na vida.
   Nós duas passamos horas agradáveis juntinhas, madrugada adentro. Até que a vida se fez presente às 06h26min, em exatos 6 minutos e ela deu o ar de sua graça naturalmente, com um chorinho abençoado e tão esperado. O misto de alegria, entusiasmo, amor, euforia, ânimo e muuuuuito mais sentimentos e emoções que é bem difícil descrever na íntegra.
   E então recomeçamos nossa jornada juntas.
   Ela me ensinando o significado de incondicional e eu apresentando o mundo pra ela.

Ela: Como nascem os bebês mamãe?
Eu: Quando a gente ama alguém, quer ficar tão juntinho desse alguém que de tanto amor os corpos se encaixam com perfeição divina e fazem bebês... (e claro q ela foi perguntando, perguntando, perguntando e eu fui explicando, explicando, explicando todos os detalhes que ela pedia da forma mais natural e verdadeira, sem mentiras ou deformações e ela finalmente aceitou, entendeu e achou lindo tudo aquilo)
   Ela saiu explicando para o zelador do prédio como nasciam os bebês...hahahaha... A coisa mais fofoleta do mundo (claro que ficamos todos envergonhados...até pq o zelador era evangélico e ela brincava com as filhas dele...kkkk...) Daí ela resolveu dar uma aula de nascimento de bebês na escolinha e claro fui chamada dias depois por causa de cabeças deformadas dos adultos imaturos e inseguros. Ainda bem que a psicopedagoga entendia o que era educar com naturalidade, responsabilidade e amor, sendo verdadeira de acordo com a necessidade da criança. (foi hilário...kkkk)

   Ela me ensinando o valor do carinho quentinho sem cobrança, apenas para expressar o tamanho do amor e eu explicando que muitas vezes algumas pessoas falam coisas ruins, porque não sabem ainda o que significa aceitação e respeito.

Ela: Mãe, vc me ama? (isso 3 da matina após chegar das primeiras baladas)
Eu: Claro que sim, pq?
Ela: Pq vc não fica ligando pra mim durante toda balada como as outras mães? Elas ficam preocupadas com as filhas e ligam. Pq vc não liga?
Eu: Pq se eu não estivesse segura que vc tem condições plenas de se gerenciar em qq lugar sem mim, não deixaria vc ir. Além de amá-la eu confio na sua maneira de escolha consciente e coragem.

   Ela me ensinando (sem nem perceber) a exercitar o desapego, o livre amor incondicional e eu ajudando ela a enxergar seu valor genuíno, a sua beleza única, sua alma fortaleza, apesar de toda tentativa de intervenção externa.

Ela: (com lenço enrolado no pescoço, boca toda melecada de chocolate, fazendo caras e bocas e com as mãos a frente do corpo, como se fosse me hipnotizar, dizendo) CompI batom, compI batom, compI batom... kkkkkkkk... (seu chocolate preferido na época)

   Ela me ensinando como pedir desculpas e voltar atrás e eu estimulando ela a acreditar na própria capacidade.
   Ela querendo colo e eu abrindo os braços pra aconchegá-la sem perguntar nada, apenas acolhendo e nossos corações conversando baixinho em silêncio.
   Ela me acolhendo em seus braços, sem perguntar nada e nossos corações proseando novamente.

Ela: "Tô fazendo arroz, com outra pessoa..."
Eu: Não filha, é assim: Tô fazendo amor com outra pessoa...
Ela: Não mamãe, o moço tá fazendo arroz pra outra pessoa...(kkkk... fala se não é pra abraçar forte?)

   Tantas prosas e versos que estes corações parceiros já tiveram nestes 22 anos de alegria, parceria, companheirismo, apoio, amor, dificuldades, obstáculos, conquistas, momentos preciosos, amor, descobertas, segredinhos, risadonas, choros, discussões, diálogo, amor, acerto de contas, ouvidos atentos, bocas frenéticas, corações calorosos, olhar afetuoso, braços abertos, amor, peito apertado, saudade, realização, cumplicidade, amor, compreensão, força, iluminação, amor...amor...amor...
   Ela, sem perceber, me desafiando a ser melhor para poder mostrar que é possível ser do BEM e continuar no BEM sem se corromper com tentação alguma.

Eu: Filha vc pegou a chave do carro?
Ela: Peguei...
Eu: =/ Onde está?
Ela: Esqueci... (kkkkk)
Eu: (paciencia em treinamento) Mas filha, eles precisam ir embora.
Ela: Mas eu não quero que eles vão embora. Por isso esqueci onde coloquei a chave... (kkkkkkkkk)
   Neste episódio ela já mostrava qto vale a determinação...kkkkkkkkk... LINDA!
  
   Nestes 22 anos fui escolhida e escolhi viver a melhor experiência que podia experimentar = ser mãe dessa menina, moça, mulher, ser humano magnífico, especial, único, verdadeiro, ético, competente, iluminado que é a minha obra prima nesta existência.
   Parceira, professora, amiga, filha, companheira, confidente, cumplice, presença abençoada em meu crescimento e evolução.
   Gratidão pela nova oportunidade de exercitar nossa caminhada juntas!
   Parabéns à VOCÊ, minha filha querida, Amanda que é digna de ser amada!
  
   Te amo pelo que você faz de você cotidianamente. Pelas vontades, humores, desejos, determinação, força, impetuosidade, inquietação saudável que te impulsiona sempre para frente... Te amo pela coragem que você tem de se assumir como ser humano, de cara limpa e sem medo de SER! Te amo pela luz que irradia de você toda vez que não se rende aos apelos deformadores da essência... Te amo pelas suas descobertas genuínas, em seu tempo, no seu ritmo...
   Te amo loucamente...
   Te amo calmamente...
   Que de tão intenso, este amor transcende o conceito de tempo, espaço, lugar, distância, dimensão...
   Amo simplesmente... Simplesmente amo...

PARABÉNS preciosidade da minha vida...

Te amo do tamanho do mundo inteiro, do universo, da galáxia e muuuuuuuuuuuuuito mais.......... rsrsrs...
Bjos recheados de chamego de sua eterna parceira de jornada,

Mamãe

(McSàlomão)

SAWABONA e SHIKOBA

   Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
   O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
   A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.
   O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
   Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.
   A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
   A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.
   Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
   Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
   O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.
   O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
   A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
   A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa.
   As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
   Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.
   Cada cérebro é único.
   Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
   Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
   Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
   O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.
   Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
   Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...
   Caso tenha ficado curioso(a) em saber o significado de SAWABONA, é um cumprimento usado no sul da África quer dizer "EU TE RESPEITO, EU TE VALORIZO, VOCÊ É IMPORTANTE PRA MIM".
   Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA que é "ENTÃO EU EXISTO PRA VOCÊ".

(Flávio Gikovate)



   O verdadeiro exercício de evolução, crescimento e amadurecimento é este olhar ampliado, simples mas muito corajoso em assumir a responsabilidade pela própria jornada (escolhida consciente ou incoscientemente).
   Ser verdadeiro consigo, com a própria alma, requer no mínimo ética, força, caráter e disposição para o aprendizado.
   A idéia de ser metade, fração, injustiçado, triste, incompreendido e incompleto sim, vem da covardia, imaturidade e medo em assumir a natureza Luz Perfeita de SER... Estas características são pertinentes aos sanguessugas-parasitas-egoístas emocionais que dependem da energia do outro para sobreviver.

 SAWABONA !!!
  

AMO AMAR VC FILHA ESPECIALÍSSIMA


   Sim... Creio que cada semeadura promove a colheita pertinente...
   Amor é semeadura, construção ativa, presença de alma, conquista interior, plenitude no sentimento a ponto de não exigir mudanças no ser amado...
   Apenas amar... amar apenas...
   Amor verdadeiro constrói pontes e não veste armaduras em defesa de um desejo...
  Amor verdadeiro compreende que amar significa sentir em si e que o outro não é responsável pela manutenção de seu sentimento... O amor é de quem sente e não precisa de confirmação, prova ou demonstração...
  Amar é compreender que todo plantio tem o tempo de germinação... E qdo brota tem o cuidado com a preservação, a proteção contra as pragas e predadores e finalmente o desabrochar da flor em botão que requer ainda da delicadeza dos gestos, do olhar afetivo e do zelo pela liberdade de expressão...
  Amar já é uma bênção divina, uma dádiva, um dom, um presente...
  Quem ainda acha que amar é ter, possuir... É porque ainda não ama... É apenas apegado a idéia de ter este sentimento...
  A gente é capaz de possuir um sentimento?
  Sentimento não se possui... Sente-se e deixa-se fluir... Deixa passear pelo vento das realidades particulares, individuais...
  Amar é saborear a jornada, o caminho, a trajetória da existência e assim colher as flores desse plantio cheio de dedicação e respeito pelo mundo, incondicionalmente.

(McSàlomão)
  
AMO AMAR VOCÊ FILHA ESPECIALÍSSIMA!





"Entre a raiz e a flor: o tempo [...]"
(Jorge de Lima, in: Livro de Sonetos)

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Entre a raiz e a flor: o tempo e o espaço,e qualquer coisa além: a cor dos frutos,
a seiva estuante, as folhas imprecisas
e o ramo verde como um ser colaço.

Com o sol a pino há um súbito cansaço,
e o caule tomba sobre o solo de aço;
sobem formigas pelas hastes lisas,
descem insetos para o solo enxuto.

Então é necessário que as borrascas
venham cedo livrá-la da cobiça
que sobe e desce pelas suas cascas;

que entre raiz e flor há um breve traço:
o silêncio do lenho, ― quieta liça
entre a raiz e a flor, o tempo e o espaço.
Jorge de Lima Poesia completa, org. Alexei Bueno.
RJ: Nova Fronteira, 2008, p.474